domingo, 28 de novembro de 2010

Projeto de saúde desenvolvido em João Pessoa é premiado em Toronto

No programa de rádio *Revista Tabajara, do dia 25 de novembro, eu entrevistei a Ativista da saúde coletiva e Diretora de Atenção à Saúde da Família de João Pessoa, Claudia Veras. E assim como no rádio, aqui no ConstruViver eu também pretendo dar ênfase a projetos que vem contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e bem estar das pessoas. Na pauta do dia: Projeto AGAP.

Aqui na Paraíba, Claudia Veras é idealizadora do projeto 'Aperfeiçoamento da Gestão da Atenção Primária em Saúde no Brasil – AGAP', desenvolvido na comunidade do Alto do Mateus, com o objetivo de aprimorar a qualidade da atenção pré natal, melhorando a adesão das mulheres ao pré natal.

O modelo experimentado em João Pessoa foi reconhecido pela Universidade de Toronto. “Participei do curso de aperfeiçoamento em gestão da atenção primária e meu projeto desenvolvido no Alto do Mateus foi premiado. Assim, fui apresentar a experiência em Toronto e conhecer alguns serviços da atenção primária do Canadá, no final de outubro”, disse Claudia Veras.

O TERRITÓRIO E O PROBLEMA SELECIONADO


A cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, região Nordeste, tem 702.234 habitantes (IBGE, 2009). Sua rede de Atenção Primária à Saúde é formada por 180 Equipes de Saúde da Família (cobertura populacional de 82,0%).

Com base na análise de indicadores de saúde (captação de gestantes, cadastramento e acompanhamento das gestantes cadastradas), foi selecionado para a intervenção o Alto do Mateus (17.189 habitantes), cujo número de gestantes esperado para 2009 era de 290. Dessas, apenas 139 haviam sido cadastradas no SISPRENATAL, ou seja, 47,9%.

Segundo Veras, para a identificação das causas do problema, foram realizadas reuniões com o grupo de trabalho ampliado, e analisadas situações relativas à gestão do serviço, à atenção individual e coletiva, ao registro de informações e à própria comunidade.

“Na atividade do Alto do Mateus foram muitos depoimentos das mulheres em relação às mudanças em suas vidas a partir do curso de qual profissional. Muitas mulheres comentaram que estavam com depressão e que o curso trouxe outras perspectivas às suas vidas. Em menos de 1 ano de intervenção, a cobertura de pré natal passou de menos de 50% para 90%. Foram desenvolvidas ações de saúde e cidadania para as mulheres”, afirma Veras.

Durante os últimos três anos, o projeto AGAP realizado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde e Universidade de Toronto, em parceria com o Ministério da Saúde, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a Biblioteca Virtual em Saúde (Bireme), a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Secretarias Municipais de Saúde, e os estados de Alagoas, Ceará, Paraíba e Piauí, capacitou 160 alunos.

Ao todo foram desenvolvidos 41 projetos de intervenção que, hoje, retratam uma realidade diferente: viraram ações concretas nos municípios dos estados envolvidos e, desde então, têm facilitado o acesso da população aos serviços básicos de saúde e melhorado a qualidade de vida dessas pessoas.

Em João Pessoa o Projeto foi coordenado pela equipe da Secretaria de Saúde  do Município e teve a parceria da Cunhã, Secretaria de Mulheres, Sedes e SEDESP, Associação de Mulheres da Beira da Linha, Projovem Adolescente, AA, Afya, Rede Remar, CRAS Alto do Mateus, Centro de Inlcusão Produtiva do Alto do Mateus, alunos da residência multiprofissional de Saúde da Família da UFPB  e as 6 Equipes de Saúde da Família do território.

Campanha de Prevenção da Morte Materna - SPOT 1 - CAMPANHA DA CUNHAN.mp3">


*Revista Tabajara – Programa radiofônico que vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 18 às 19h, na Rádio Tabajara FM – 105.5 - link ao vivo: http://www.radiotabajara.pb.gov.br/


Edileide Vilaça

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