segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Circuito Cultural Banco do Brasil volta com Maria Bethânia, Lulu Santos e Sandy interpretando seus compositores favoritos.


Pela primeira vez, Maria Bethânia dedicará um show inteiramente à obra de Chico Buarque, Lulu Santos interpretará a fase roqueira de Roberto e Erasmo e Sandy dará nova roupagem às músicas do ídolo Michael Jackson. Idealizados e dirigidos por Monique Gardenberg, em co-curadoria com Toni Platão, os três espetáculos inéditos acontecerão a partir de novembro, marcando a volta do Circuito Cultural, o bem-sucedido projeto itinerante do Banco do Brasil que durante uma década levou arte e cultura aos quatro cantos do país.

Esta primeira série de shows – sempre apresentados em dias consecutivos – começa em Curitiba (Teatro Guaíra, de 18 a 20 de novembro) e depois segue para São Paulo (Via Funchal, de 21 a 23 de novembro), Ribeirão Preto (Teatro Pedro II, de 6 a 8 de dezembro), Goiânia (Teatro Rio Vermelho, de 16 a 18 de dezembro) e Recife (Teatro Guararapes, de 18 a 20 de janeiro).
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Maria Bethânia interpreta Chico Buarque
Desde que pisou profissionalmente no palco pela primeira vez, em 1965, aos 18 anos, Maria Bethânia se firmou como a mais autoral das cantoras brasileiras e não parou de escrever para si uma trajetória singular na história da MPB. Ao longo de 45 anos de trabalho, conseguiu conciliar de forma magistral atributos aparentemente inconciliáveis: reverência ao passado e ousadia; independência artística e sucesso comercial; sofisticação e apelo popular. Foi a primeira mulher a vender um milhão de discos no país. Nunca se atrelou a movimentos, jamais se submeteu à pressão de gravadoras e sempre navegou na contramão do mercado. Tudo isso lhe garantiu uma carreira imaculada, que atravessa as décadas angariando a admiração fiel do público e da critica.

Mais do que cantora, Maria Bethânia sempre gostou de se definir como intérprete. E com justa razão. Ela deu origem a uma linhagem de cantoras que, por força de sua interpretação, tornam-se quase co-autoras das canções que passam por suas vozes. E pelo timbre grave e dramático de Bethânia já passou, e continua a passar, o melhor da música brasileira.

Entretanto, de todos os compositores que interpretou, nenhum ganhou mais sentido na sua voz do que Chico Buarque. Sem falsa modéstia, e com aval do próprio compositor, Bethânia costuma se dizer sua melhor intérprete. E não é para menos: em quase cinco décadas de carreira, já interpretou mais de cinqüenta de suas canções.

Lulu Santos interpreta Roberto e Erasmo
Os números não mentem: sete milhões de discos vendidos, três dezenas de hits que atravessam gerações e uma intensa agenda de show – invariavelmente lotados – pelo país afora. Lulu Santos é um caso raro de artista que consegue manter a popularidade em alta, lançar discos com repertório inédito e dar continuidade a experimentação em seu repertório, que mistura rock, soul, funk e eletrônica, na mais perfeita tradução da música pop brasileira, gênero no qual é um precursor.

No ano em que comemora 30 anos de carreira, ele subirá ao palco despido de seus hits e de todo o repertório autoral pela primeira vez, para celebrar uma parceria responsável por outra infinita lista de canções que habitam a memória afetiva dos brasileiros há décadas: Roberto e Erasmo Carlos. A afinidade entre Lulu e o repertório da dupla já era evidente na regravação de ‘Se Você Pensa’, um dos grandes sucessos do álbum ‘Eu e Memê, Memê e Eu’ (1995), até hoje presença cativa em todas as pistas de dança.

Para o show, Lulu optou focar na fase roqueira do início da parceria do Rei com o Tremendão, entre canções que remetem à Jovem Guarda e outras afiliadas ao rock mais tradicional.

Sandy interpreta Michael Jackson
Mais do que uma fã, Sandy sempre se identificou com a obra e a carreira de Michael Jackson. Ambos começaram a carreira ainda crianças e bastante ligados à raiz familiar, experimentaram o sucesso avassalador na infância e passaram com louvor no desafio da carreira solo. Na primeira visita do astro pop ao Brasil, em 1993, Sandy – à época com dez anos – não somente conheceu o ídolo, como fez uma pequena participação em seu show, ao lado do irmão Junior, no Estádio do Morumbi.

Antes mesmo da precoce morte de Jackson, em 2009, ela já interpretara algumas músicas de seu repertório, mas nunca tinha pensado em realizar um tributo exclusivamente dedicado a ele. A experiência será um contraste com o repertório de seu elogiado último álbum, ‘Manuscrito’, somente com canções autorais. ‘Michael fez parte da minha infância, seu talento musical era indiscutível, penso que ele é como uma lenda: imortal, vai ficar para sempre na história’, declarou a cantora.

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