quinta-feira, 21 de julho de 2011

Em Bananeiras: ela vem feito um cometa. Vai ser uma passagem que só acontece em ocasiões especiais. Uma aparição rara.

Feito cometa: ela vai passar no 'Caminhos do Frio'. Quem é ela?

Ela é Campinense, mas viveu a maior parte da vida entre Salvador e a Europa. Multifacetada,  é também cantora profissional e atualmente ocupa o cargo de Diretora do Departamento de Cultura e Memória da Assembléia Legislativa da Paraíba e Consultora de Projetos.  Sem dúvida, é uma das principais referencias no Estado quando o assunto é cultura. Quem é ela?

Formada em música, a campinense Cida Lobo também cursou Letras e ficou conhecida em Campina Grande e na Paraíba na década de 80 como cantora. Entre 1987 e 1991 radicou-se em Salvador, cidade onde deu prosseguimento a carreira artística. Nesse período, foi agraciada com o Troféu Caymi, um dos mais importantes do meio musical brasileiro, nos anos de 1989 e 1990 (pelos shows Olhos Negros e A Voz do Brasil, respectivamente). Na década de 80 também trabalhou como backing vocal de Milton Nascimento. Entre 1992 e 1999 residiu na Grécia, onde adquiriu know-how na área de marketing cultural e continuou trabalhando como cantora, chegando a fazer parte do elenco da ópera encenada em comemoração ao aniversário de 50 anos de nascimento da Rainha Sílvia, em Estocolmo. Foi gestora do Teatro Municipal Severino Cabral no ano de 2002, tendo que ausentar-se do cargo para assumir em 2003 a Subsecretaria de Cultura do Estado.
Cida Lobo é uma das principais atrações da noite que encerra o ‘Caminhos do Frio – rota cultural’ na cidade de Bananeiras’, sábado, dia 30,  em participação especial no espetáculo do Paraíba Jazz com Erick Von Shosten, a partir das 22h30, em Praça Pública.     
Sobre essa inusitada participação no show,  a Assessora de Imprensa do Caminhos do Frio conseguiu da ‘Lobo’, de forma despretensiosa e ultrapassando seu ar misterioso e reservada, uma rápida entrevista pingue – pongue. Confira.
Edileide Vilaça – Para as novas gerações que nunca viram e não conhecem sua trajetória, faz um breve ‘remember’ da sua carreira como cantora.
Cida Lobo - Comecei cantando no Coral da UFPB,  nessa época dava canjas no Cave. No Boca da Noite fiz o meu primeiro show em palco no Teatro Santa Rosa, eram sempre dois por noite e meu parceiro foi  justamente Erick Von Shosten. No final dos anos 80 fui estudar música em  Salvador e cantei na noite, nos trios,nos palcos, trabalhei com artistas como Aninha Franco, Gerônimo, Joatan Nascimento, Fernando Nunes, Daniel Boaventura, Edgar Navarro, José Araripe, cantava autores até então inéditos como Lenine, Lula Queiroga, Alex Madureira, Ivan Santos.  Na Bahia conhecí Milton Nascimento, com quem tive a honra de cantar. Milton para mim é um ser humano dos mais lindos que já conhecí. Instalada a dúvida sobre cantar profissionalmente fui trabalhar em navios de cruzeiro cantando e dirigindo espetáculos, quase quatro anos no mar, me levaram de volta ao banco da escola onde estudei gestão cultural em diversos locais. Fiquei fora do Brasil por quase 10 anos, a maioria na Grécia, e quando voltei fui trabalhar na Bahiatursa, aprendí muito e participei de muitas coisas das quais me orgulho. Em 2002, a vida pessoal me trouxe de volta à Paraíba.
EV - Quanto tempo fora dos palcos paraibanos?
CL - Mais de 20 anos, sem contar uns hinos nacionais e o aniversário de Carlos Aranha. Também canto no banheiro (risos). Profissionalmente parei de cantar em 1994, de lá para cá participei de alguns eventos cantando uma ou duas canções, de discos de amigos, de alguns cursos de canto... a música sempre vai ocupar um lugar especial na minha vida, ela é um alimento espiritual para mim!
EV - O que lhe impulsinou participar do 'Caminhos do Frio' ?
CL - Quem conhece Ana Gondim sabe que é impossível superar sua tenacidade, quando Ana quer ela sempre consegue (rsrsr). Acho também que Bananeiras é tão linda e significativa  que foi difícil resistir.
EV -  Por que com Erick Von Shosten?
CL  - Erick estava no primeiro show que fiz, é um dos melhores violonista que conheço e tenho imenso prazer em tocar com ele. De Bonus o baterista Glauco, de quem sou ardorosamente fã e o multitalentoso Sérgio Gallo, ficou redondo...
EV - Quantas músicas vai interpretar?
CL - Sou uma participação especial, tipo 2 ou 3 canções
EV - Quais as canções?
CL - Segredo
EV - Qual o critério de seleção das músicas?
CL -  critério que uso para selecionar repertório se manteve sempre o mesmo, a música tem que vir de uma ligação alma microfone.  Só canto o que sinto de verdade
EV - Quando você se remete ao palco, a sua voz/canto, qual o sentimento?
CL - O Palco para mim é um lugar sagrado onde técnica e sentimentos se misturam para produzir arte.
EV - Tem algum projeto pessoal nesse sentido? Gravar algum CD?
CL - Ed, não tenho mais projetos com música de maneira profissional , a não ser em roda de amigos, de maneira amadora no sentido exato, só por amor. Minha vida agora é definitivamente nos bastidores.  
EVSendo assim, atualmente, que trabalho mais pontual você está desenvolvendo no departamento de cultura da Assembleia Legislativa da Paraíba?
CL – Estou desenvolvendo na ALPB o Projeto de Implantação do Memorial Parlamentar do Poder Legislativo Paraibano – Deputado João da Cunha Lima, que pretende promover a recuperação do acervo histórico, arquivístico e museológico do Poder Legislativo Estadual. A proposta é criar um espaço de exposição permanente com documentação e informação corretamente acondicionadas, acessíveis ao público, garantindo a sua apreciação por atuais e futuras gerações. Dentro do projeto existe o Programa de História Oral realizado com apoio da TV Assembléia que tem realizado entrevistas gravadas com os ex-deputados estaduais que foram testemunhas de episódios que marcaram a história paraibana e brasileira com repercussões até os dias atuais, relatos de acontecimentos importantes na Casa de Epitácio Pessoa que contribuíram para fazer a história do parlamento e da Paraíba, este material será transcrito, acondicionado e disponibilizado para pesquisa e parte dele servirá para o Programa Testemunhos da História que está sendo desenvolvida pela TV Assembléia.

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