sábado, 18 de dezembro de 2010

Ricardo lamenta ausência de Cássio e diz que entendeu recado das urnas: “Eu vim para mudar”

O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) diplomou nesta sexta-feira (17) os 86 candidatos paraibanos eleitos este ano. Ao todo são 36 deputados estaduais e 21 suplentes; 12 deputados federais e 9 suplentes; 2 senadores e 04 suplentes; o governador e o vice-governador do Estado. Na ocasião, o governador eleito Ricardo Coutinho (PSB) deixou o discurso preparado de lado e falou de improviso.

"É fundamental que cada um de nós saiba respeitar a maneira que cada um cultua o seu Deus quem faz isso respeita a Democracia", desabafou Ricardo que também lamentou a ausência do senador eleito, sub judice, Cássio Cunha Lima (PSDB) na cerimônia de diplomação e se solidarizou com o tucano. Nesse momento os presentes gritaram o nome do tucano. “Queria deixar um grande abraço ao senador eleito Cássio Cunha Lima”, falou.

Ricardo Coutinho assumiu durante a solenidade o compromisso com a melhoria das políticas publicas para a Paraíba. "Sei exatamente o recado que o povo deu nessas eleições e o recado do povo paraibano é que o povo quer mudança. Eu vim para mudar", declarou.

O governador eleito aproveitou a ocasião para agradecer a Deus e o apoio da família, dos amigos e dos eleitores paraibanos lembrando da caminhada que, segundo ele, foi difícil. “Nunca me iludi no desejo do povo que era mudar a forma de administração na Paraíba. Entendei esse recado e vou governar para mudar a forma de se fazer política no estado. Eu nunca me iludi com qualquer cargo ou festa o recado do povo é a mudança e isso eu entendi”, ressaltou.

Ricardo Coutinho também falou da aliança formada por ele durante a campanha e que foi criticada. “Compus uma aliança muito criticada e que teve diferenças, mas ainda bem que as teve porque isso fortaleceu a campanha e a caminhada até a vitória. A partir de janeiro vou estabelecer condições para que os mandatos sejam acompanhados pelo povo paraibano radicalizando o processo de democracia e abrindo espaço para que o povo participe”, prometeu.

O desenvolvimento sustentável do estado também foi comentado pelo governador eleito. “Quero construir uma nova alternativa para o desenvolvimento sustentável do estado. A partir de janeiro eu e Rômulo vamos convidar todos os setores produtivos e políticos da Paraíba para discutir a economia. O estado precisa ser parceiro desse setor produtivo”, falou.

- A Paraíba não pode continuar sendo boa para a classe política e sendo ruim para a maioria do povo. Se um político não tiver a coragem de seguir nesta caminhada, não deveria sequer ter se candidatado. Eu saí de uma prefeitura que saneamos com muito trabalho e demos a ela a condição de ter equilíbrio financeiro e capacidade de investimento. Achei que poderíamos dar uma alternativa a esta Paraíba e compus uma aliança de forças que têm as suas diferenças. Tenho medo de uma sociedade onde se tenta pintar unanimidade e só existe interesse por setores diferenciados. Temos diferenças e elas são importantes porque elas haverão de fazer com que o Estado avance. O povo quer uma nova forma de governo: que radicalize na democracia. Não temos uma experiência prática neste sentido. O cheque em branco que o povo nos dá não é indeterminado. Não podemos fazer qualquer coisa, mas sim estabelecer as condições para que nossos mandatos tenham um acompanhamento cada vez maior da população. Isso não se dá apenas pela eleição. É preciso que a população participe desde o orçamento. Eu tenho o compromisso de radicalizar a democracia para que o povo possa acompanhar o trabalho de quem faz política, seja no executivo ou no legislativo. Peço a ajuda de todos para construir na Paraíba uma nova realidade. Não temos condições de criar as condições para o povo melhorar, tendo um Estado em que 46% da massa salarial vem dos setores públicos. É impossível pensar em crescimento sustentável com esse quadro.

No arremate de sua fala, Ricardo resumiu:

- Eu vim para mudar. Teremos em cada companheiro da equipe um cidadão a ser cobrado por suas atribuições. Só quem tem estabilidade é o governador e o vice. A estabilidade se constrói com trabalho e isso eu vou pedir. E muito. Essa caminhada é muito especial porque todos que aqui estão sabem o quão diferente foram as condições de disputa nesta eleição. E nós vencemos. Muito obrigado!

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