terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Suplicy cai no Samba na posse da ministra Ana de Hollanda

A nova ministra da Cultura, Ana de Hollanda, assumiu ontem a pasta, na cerimônia de posse mais animada da Esplanada dos Ministérios. Diferentemente das cerimônias de transmissão de cargo da maioria dos ministérios, a da Cultura ocorreu fora da sede da pasta – no Museu Nacional de Brasília. O início da cerimônia foi precedido por apresentação de grupo de dança típico do norte do país e por uma mini-apresentação de escola de samba, cuja entrada foi acompanhada pelo senador Eduardo Suplicy, dançando ao lado das rainhas de bateria.


A nova ministra da Cultura, Ana de Hollanda, disse que “é preciso ampliar a capacidade de consumo cultural” dos brasileiros que estão ascendendo socialmente. Segundo ela, até o momento, “essas pessoas têm consumido mais eletrodomésticos e menos cultura”. Irmã de Chico Buarque, Ana assumiu o Ministério em cerimônia realizada no início da noite.

Apesar da crítica, a ministra destacou que a gestão da cultura no governo Lula deixa um “legado positivo, de avanços democráticos”. Para ela, a marca do governo recém terminado foi criar políticas culturais para segmentos sociais até então desconsiderados”.

Ana disse também que vai dar continuidade a projetos como os pontos de cultura e assegurou que a pasta vai participar de ações previstas no PAC 2, como obras em cidades históricas, equipamentos de lazer e bibliotecas. “A solução é continuar a grande obra do presidente Lula”, disse a ministra, para logo em seguida advertir, “mas [a presidente Dilma] nunca deixou de dizer com todas as letras que continuar não é repetir, continuar é avançar num processo construtivo”.

Ela ainda citou Dilma uma outra vez, quando lembrou que o Ministério é comandado por uma mulher pela primeira vez, assim como a Presidência.
O ex-ministro Juca Ferreira (PV), que passou o cargo para Ana de Hollanda, também discursou na cerimônia. Assim como a sucessora, indicou que a política cultural no país mudou na era Lula.

Para Ferreira, “no governo lula a cultura passou a ser tratada como necessidade primeira, como comida, saúde”. “Fizemos de um ministério inexpressivo herdado dos governos anteriores um instrumento poderoso para artistas, produtores culturais”, afirmou.

Plateia - Entre os presentes, artistas, deputados, senadores, familiares da nova ministra e representantes de diversas embaixadas, incluindo a da Itália – cujas relações com o Brasil ficaram tensas por causa do asilo concedido a Cesare Battisti no último dia do governo Lula, 31 de dezembro.

Chico Buarque, o irmão ilustre, não compareceu. Após o fim do evento, Ana de Hollanda explicou que ele não costuma sair muito de casa. “É público e notório”, disse.

Diferentemente das cerimônias de transmissão de cargo da maioria dos ministérios, a da Cultura ocorreu fora da sede da pasta – no Museu Nacional de Brasília. Além disso, o início da cerimônia foi precedido por apresentação de grupo de dança típico do norte do país e por uma mini-apresentação de escola de samba, cuja entrada foi acompanhada pelo senador Eduardo Suplicy, dançando ao lado das rainhas de bateria.

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