quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ronaldo Cunha Lima lança suas 'Velas Enfunadas' hoje em JP

De Homero a Camões, o mar e sua mitologia sempre serviram de inspiração para poetas ao longo dos séculos. Na vida de Ronaldo Cunha Lima, que lança nesta quarta-feira (15), em João Pessoa, o livro Velas Enfunadas – Poemas à Beira-Mar (Ideia, 2010), às 19h, no Solar do Conselheiro, o mar é uma inspiração que banha paragens antigas, como a sua infância de menino do Brejo.

Com prefácio de José Nêumanne Pinto, sertanejo que capta com precisão poética o encantamento do pequeno guarabirense diante do “mundão de água que humilha a escassez da aguinha mijada das cacimbas da infância”, o livro reúne 71 poemas que têm o mar como cenário. Destes poemas, mais da metade são sonetos, em cuja métrica Ronaldo se mostra muito à vontade. “Minha praia é o soneto”, brinca o poeta, que se exercita entre quartetos e tercetos desde a adolescência: “Já se disse que o soneto é a carteira de identidade do poeta. Eu tirei a minha muito cedo, embora até hoje ache uma via difícil”.

Escritos em intervalos de mais de dez anos, alguns poemas que compõem Velas Enfunadas são testemunhos da passagem de Ronaldo por praias do Brasil e até de Cuba, onde esteve quando era governador da Paraíba. Varadêro, um paraíso caribenho de águas quentes, se une a Camboinha, Tambaú, Tabatinga, Cabo Branco e Copacabana como “musas difusas e profusas” do poeta, que rascunhou este livro ao pé da rede: “Costumava alugar casas em lugares diferentes para veranear. Acordava, então, pela manhã, fazia um passeio pela praia e escrevia estes poemas na varanda, no embalo da rede”.


Tiago Germano/JPB

Um comentário:

  1. Parabéns ao Poeta Paraibano que mais uma vez mostra através de sua inspirada inteligência, poemas que encantam e engradecem sua brilhante alma.

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