quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

FILME ÁGUA BARRENTA SERÁ LANÇADO EM SESSÕES GRATUITAS NO CINE TAMBIÁ

Também serão realizadas sessões para as escolas da rede pública de ensino

Com direção e roteiro assinados por Tiago Penna, o filme de curta metragem Água Barrenta – patrocinado pelo Fundo de Incentivo à Cultura-Lei Augusto dos Anjos e pela Energisa - será apresentado ao público pela primeira vez em várias sessões gratuitas no dia 18 de dezembro (sábado), no Cine Tambiá, entre 15h30 e 19h. Os intervalos entre uma sessão e outra são de 30 minutos.

A sessão oficial de lançamento será às 20hs, com presença da equipe. Haverá sessões até as 22hs. O público limite de cada sessão é de 90 lugares.

Com 18 minutos de duração, o filme paraibano será exibido até às 22h do dia 18. A partir das 23h haverá uma festa de lançamento no Espaço Mundo, na Praça Antenor Navarro, com as bandas Néctar do Groove, Seu Pereira e Coletivo 401, e o DJ Dowling. Haverá ainda a exibição do making of Água Barrenta de Edu Chaves.

Água Barrenta é uma ficção sobre a problemática das crianças de rua que são produzidas e ao mesmo tempo excluídas pela sociedade de consumo. O título - Água Barrenta - é uma alusão à exclusão social e afetiva enfrentada por estas crianças, que parecem representar uma espécie de classe “anti”-social.

“Quando pensamos em "água barrenta", temos a imagem do sertão em seca, quando suas reservas de água potável se tornam insalubres”, explica Tiago Penna – diretor e roteirista do curta. Para ele o filme se propõe a narrar o cotidiano dessas crianças de rua, que perambulam pelas ruas a fim de realizar o sonho de consumo do "boy", o amiguinho mais novo, e que faz aniversário naquele dia.

                                                          foto: Adriano Franco

Tiago observa ainda que as diversas tribulações, típicas das ruas das grandes cidades brasileiras, enfrentadas por estas crianças, serve de pano de fundo para a trama do filme, que propõe ainda um olhar antropológico por parte dos espectadores para essa parcela da sociedade, enquanto se evidenciam seus futuros possíveis incrustados nesta situação. Com isso, o diretor tem o objetivo de propor um questionamento da atual conjuntura brasileira, e do papel de cada um de nós – cidadãos – perante esse quadro, que representa um verdadeiro flagelo social.

Quanto às suas opções estéticas, Tiago, que também é professor de Filosofia da Universidade Federal de Alagoas, afirma que o filme propõe revelar a miséria diante das mais belas paisagens, sejam elas naturais ou arquitetônicas.

Assessoria

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